Com três mortes confirmadas, Paraíba totaliza 2,4 mil de casos de dengue
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta quinta-feira (7), o Boletim das Arboviroses. O documento apresenta o levantamento dos agravos causados pelo mosquito Aedes aegypti na Paraíba até a semana epidemiológica 9 – que compreende o período de 29 de febreiro a 4 de março. Até o momento, os casos prováveis de arboviroses totalizam 2.701, sendo 2.419 para dengue, 266 para chikungunya e 16 para zika. O órgão faz um alerta para que a população adquira uma unidade de saúde para sentir os sintomas primários.
Segundo a técnica de arboviroses da SES, Carla Jaciara, na Paraíba há municípios silenciosos que ainda não realizam notificação e não apresentam casos de arboviroses. Ela reforça a importância da notificação e da população procurar uma unidade de saúde ao sentir os sintomas dos agravos.
“É importante que a população fique atenta para procurar um serviço de saúde ao apresentar qualquer sinal sugestivo de sintoma, seja dor de cabeça, febre, manchas pelo corpo, dor abdominal. Procure o serviço de saúde para que o caso seja notificado e tratado de forma oportuna. Também é importante que a coleta seja realizada e enviada ao nosso laboratório de referência”, explica.
Sobre os óbitos, a Paraíba apresenta três confirmados para dengue em Camalaú, Conde e Campina Grande, e um para chikungunya, em Sapé. Três óbitos seguem em investigação. Carla Jaciara destaca que a notificação dos casos de arboviroses é obrigatória. A não apresentação de casos indica que é necessário intensificar as ações de vigilância com ações proativas para cumprimento das ações de saúde pública sobre os agravos.
O Boletim também apresenta os dados do 1º Levantamento Rápido de Índices para o Aedes argypti (LIRAa) na Paraíba. Os 223 municípios realizaram o levantamento e, de acordo com os dados enviados, 166 municípios encontram-se em situação de alerta ou risco, e 57 em situação satisfatória.
Desde o final de 2023, a SES mantém diálogo com os municípios e realiza a capacitação das equipes para aumentar a prevenção dos focos do mosquito e manter o manejo clínico dos pacientes. A Rede Estadual, bem como a municipal, está abastecida de medicamentos para combater os sintomas, visto que não há um medicamento específico para as arboviroses. No dia 15 de fevereiro foi criada a Sala de Situação Estatual das Arboviroses, que tem como objetivo coordenar, acompanhar e fiscalizar a execução das ações de mobilização e combate ao mosquito. O Governo do Estado, por meio da SES, já realizou dois Dias D de mobilização contra a dengue e já distribuiu 37.040 doses da vacina Qdengue para os 14 municípios que estão realizando a vacinação. Até ao momento foram administradas 13.656 doses da vacina, abrangendo 14,78% da população-alvo.
A Secretaria de Saúde lembra que os focos do mosquito Aedes aegypti, em grande parte, encontram-se dentro de casa, quintais e jardins. Daí a importância de as famílias não esquecerem que o dever de casa no combate ao mosquito é permanente. Pelo menos uma vez por semana, deve-se fazer um fax para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerante ou outras garrafas, não deixar água acumulada nos pneus e adicionar cloro na água da piscina como algumas medidas que podem fazer a diferença para evitar o registro de mais casos de arboviroses, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sejam servidas como vigilância.