Paraíba

desembargador nega soltura a Jannyne Dantas, ex-diretora do Hospital Padre Zé

 

O desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), rejeitou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Jannyne Dantas, uma das ex-diretoras do Hospital Padre Zé investigada por desvios de recursos na instituição no escândalo que conduzido à prisão do Padre Egídio e aos ex-auxiliares. Uma decisão do magistrado foi registrada na segunda-feira (8).

O advogado de defesa, Alberdan Coelho, apontou o adiantamento do prazo para que a prisão preventiva fosse avaliada e a falta de requisitos que justificam que uma ex-diretora do hospital seja mantida presa. Ele pediu que fossem aplicadas medidas cautelares que substituíssem a prisão de Jannyne Dantas.

O desembargador alegou que a prisão de Jannyne tem fundamento claro e que é possível identificar os motivos. Disse, ainda, que um excesso de prazo estaria justificado pela “complexidade do feto”.

“Em análise preliminar, a decisão mantida da prisão preventiva do paciente aparente estará devidamente fundamentada, nos termos do art. 93, inciso IX, da Constituição Federal, sento possibilitá identificador os motivos de fato e de direito que embasaram o decisão cautelar, restando o deduzido excesso de prazo, num primeiro plano, justificado pela cumplicidade do feito”, relatou o magistrado, como apurou o Clique em PB.

desembargadora, jannyne dantas

‘Operação Indigno’

A primeira fase da operação indigno foi deflagrada em 5 de outubro de 2023. A operação tem como objetivo apurar os fatos que indiquem possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ COMO UM. Segundo as investigações, há acusações de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio de falsificação de documentos e pagamento de propinas a funções vinculadas às referidas entidades.

Os desvios, como o trajeto do ClickPB, seriam comandados pelo ex-administrador do Instituto São José, o padre Egídio de Carvalho.

De acordo com o Gaeco, a investigação aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma relação especial de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custódia, quase todos de alto padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos.

Valor dos desvios

Ao longo de pouco mais de 10 anos, os desvios no Hospital Padre Zé e na ASA chegaram a mais de R$ 140 milhões, conforme aponta até o momento as investigações da força-tarefa. O suposto esquema montado pelo padre Egídio teria bancado desde vinhos no valor de R$ 1.500 em imóveis de luxo na beira-mar de João Pessoa.

Para comandar o esquema, Egídio não atuará sozinho e contará com a colaboração de algumas pessoas, entre elas Amanda Dantas e Jannyne Almeida, que estão à frente do hospital filantrópico Padre Zé.

Prisão

O padre Egídio de Carvalho Neto, Amanda Dantas e Jannyne Almeida foram presos em 17 de novembro. Quase um mês depois do incidente, Egídio e Jannyne continuam em regime fechado, e Amanda tem uma prisão em regime fechado revertida para prisão domiciliária, a partir de um pedido devido ao facto de ser mãe de uma criança com menos de dois anos de idade.

hospital ‘quebrado’

A nova gestão do Padre Zé revelou ao impresna que ao assumir unidade de saúde encontrou o equipamento ‘quabrado’ financeiramente. Entre os rombos frutos da gestão do padre Egídio estão dois préjtos que somados chegam ao valor de R$ 13 milhões.

Com dificuldades para pagar a folha de funcionamento que chega mais de R$ 500 mil mensais, a instituição tem sido mantida com o auxílio de um grupo de empresários e com as doações feitas pela população.

Saiba mais sobre o caso Padre Zé

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