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HPV é o vírus que mais causa câncer no mundo, segundo especialista

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O HPV (papilomavírus humano) infecta cerca de 700 milhões de pessoas por ano, segundo estimativas do Ministério da Saúde. A infecção pelo vírus não costuma causar sintomas para a maioria das pessoas, dificultando a identificação e aumentando o alerta para doenças que podem ser causadas por eles, como o câncer.

Existem mais de 200 tipos de HPV, mas poucos preocupam os especialistas porque podem causar consequências graves e que poderiam ser facilmente evitadas. O principal e mais conhecido efeito do vírus é o câncer, que pode ocorrer muitas vezes por ano depois que uma pessoa contrai o vírus.

“O HPV é o vírus que mais causa câncer no mundo”, explica a médica Marianne Pinotti. Segundo um especialista, o mais comum é o câncer de colo de útero. “A história natural do vírus do HPV é uma menina pegar esse vírus quando ela começa a vida sexual dela, que hoje está ali entre 12, 14, 15 anos, e ela vai retornarando as lesões precursoras, não tratando, não fazendo papanicolau, e aí ela vai morrer tragicamente com 30 anos. É uma doença de mulheres jovens”, completa.

O câncer de cólon do útero é o segundo mais incidente em mulheres, com mais de 850 mil novos casos por ano, no mundo, ficando atrás apenas do INCA (Instituto Nacional do Cânce). “No Brasil, são 17 mil casos de por ano, e mais de 7 mil mortes”.

No entanto, o HPV também pode causar outros tipos de câncer, como câncer anal, câncer de pênis e câncer de orofaringe – este último, mas comum em homens. Segundo Pinotti, cada caso de câncer de garganta causado pelo HPV é encontrado em homens.

A principal prevenção é uma vacina

Segundo a infectologista Mirian Dal Ben, a vacina é fundamental para prevenir o HPV. “Acho que a principal prevenção que a gente tem que falar aqui é a vacina”, diz ela.

A vacina está disponível no SUS há 10 anos, mas nesta semana o Ministério da Saúde anunciou que agora será administrada em dose única, e não mais em duas doses, o que pode ajudar a aumentar a cobertura vacinal. Hoje, o SUS contempla meninos e meninas de 9 a 14 anos, pessoas de 09 a 45 anos imunossuprimidas, com HIV ou transplantados, além de vítimas de abuso sexual.

Diante desse cenário, as médicas refiçam: quanto mais cedo se vacinar, maior é a proteção. Portanto, a imunização é fundamental.

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