Com níveis mais baixos no período chuvoso, governo manda preservar reservatórios de hidrelétricas
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou nesta quarta-feira (6) medidas para preservar os reservatórios das usinas hidrelétricas em ração da redução do nível de água em pleno período de chuvas.
A decisão foi tomada em reunião do Comitê de Acompanhamento do Setor Elétrico (CMSE). Para o ministro, as medidas são uma forma de preservar a segurança energética do país, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Após esta reunião de quarta-feira (6), o CMSE autorizou uma redução da saída de água nas usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, no Rio Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O grupo de monitoramento também autorizou a retenção de água nas camadas “usinas de cabeceira” — localizadas na cabeceira dos rios.
Segundo Silveira, essa medida poderá preservar cerca de 11% do armazenamento na bacia do Paraná até agosto deste ano e cerca de 7% no Sudeste e Centro-Oeste.
O ministro também determinou aos secretários da pasta e ao ONS que adotassem medidas para preservar a água desses reservatórios de cabeceira, junto à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Ibama.
As decisões foram tomadas por causa do nível dos reservatórios em pleno período chuvoso, o que acendeu um alerta no governo.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o período de chuvas é um dos períodos mais críticos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em fevereiro, as reservas situaram-se em níveis 12,4% inferiores aos do mesmo período de 2023.
A projeção do ONS é de que, em março, a vazão dos rios continue abaixo da média histórica para o período tipicamente chuvoso, que está em curso. Esse cenário vem sendo alertado pelo ONS como um “ponto de atenção”.
Como as hidrelétricas respondem por cerca de 47% da capacidade de geração de energia do sistema nacional, a quantidade de água em nossos reservatórios e o volume dos rios são indicadores importantes. (Veja abaixo)
G1