Crescimento da Inteligência Artificial na rotina das pessoas pode facilitar crimes cibernéticos; saiba como garantir seus direitos
Assim como política, futebol e religião, outro assunto passou a fazer parte das rodas de conversa em todos os cantos: o uso da Inteligência Artificial (IA) no dia a dia das pessoas. Não se pode negar que a Inteligência Artificial é mais um passo na evolução tecnológica. A facilidade de acesso e os recursos disponibilizados pela IA trazem impactos diretos, seja no aspecto profissional ou na automação de tarefas simples do cotidiano.
Mas, para além das preocupações sobre os limites entre homem e máquina, outro problema tem chamado atenção: nos últimos anos, a incidência dos crimes cibernéticos também está sendo impulsionada por recursos de inteligências artificiais.
Para o advogado criminalista Romulo Palito, o usuário da internet e da inteligência artificial deve estar atendo para não ser alvo de golpes. “A inteligência artificial trouxe novos tipos de ataque aos direitos do cidadão. O uso irresponsável de deepfakes, por exemplo, pode gerar ataques cibernéticos automatizados, promovendo prejuízos financeiros ou à imagem das pessoas”, disse o advogado.
Romulo Palitot destaca que é cada vez mais necessário estar atento ao bom uso da IA. Ele lembra que o Brasil tem, pelo menos, três importantes leis que garantem aos cidadãos direitos no mundo virtual. “A Lei de Crimes Cibernéticos, o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados devem basear as garantias à privacidade e aos direitos básicos contra violações no ambiente digital”, alertou o advogado.
Apesar disso, o advogado pontua a necessidade de evoluir em algumas áreas. “Não podemos deixar de discutir como ficarão, a partir de agora, o direito autoral ou o direito sobre patentes, por exemplo. Esses são pontos fundamentais para que a sociedade possa garantir uma convivência mais harmoniosa com a inteligência artificial”, explicou.