Padre Egídio Carvalho vai de “surpresa” ao Gaeco, mas não presta depoimento
O Padre Egídio Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, se apresentou nesta sexta-feira (06) junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). A aparição acontece um dia após o religioso ser alvo da Operação Indignus, que apura desvios na unidade de saúde.
Segundo apurou o Portal Furo Paraíba, apesar da aparição, a princípio não houve depoimento, já a ida não estava agendada previamente junto aos promotores. Em entrevista coletiva após a visita, o advogado Sheyner Asfora, que faz a defesa do Padre, disse que o religioso buscou o Ministério Público para dizer que está à disposição das investigações.
“O Padre se apresentou, compareceu. Mas, ainda vai prestar depoimento. Não será no dia de hoje. Ele vai esclarecer tudo e colaborar. Hoje, ele compareceu diante da operação deflagrada ontem e entrega o celular de forma espontânea e se colocou à disposição para prestar futuras declarações”, disse.
Deflagrada nessa quinta-feira (06), a Operação Indignus, deflagrada por uma Força-Tarefa encabeçada pelo MPPB, realizou mandados de busca e apreensão em três imóveis ligado ao Padre Egídio. A expectativa era de que possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).
As condutas indicam práticas, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.
O que diz a investigação
A investigação que embasou a Operação Indignus mostra que o Padre Egídio Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, é o verdadeiro proprietário de imóveis de luxo. A suspeita é que Carvalho seja dono de 10 apartamentos, alguns considerados de elevadíssimo alto padrão.
Segundo apurou a reportagem do Portal MaisPB, a Força-Tarefa liderada pelo Ministério Público da Paraíba aponta para uma confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com o religioso.
Foi constatada uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos.
A operação de hoje apura os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA.
As primeiras provas apontam possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.
As condutas indicam aprática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.